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BRASIL: QUEM PAGA É VOCÊ


O Brasil produz muito, mas não tem condições de entregar nos prazos por conta de falhas no transporte. Investimentos chegam a 28 milhões.

            O Fantástico está investigando oa gargalos do Brasil. Reportagens  já mostraram bilhões de reais desperdiçados no sistema elétrico e na transposição do Rio São Francisco. Esta é mais uma reportagem da série especial: "Brasil, quem paga é você. O BBlog JR Geografia acompanha esta série.
Confira as reportagens:  


1. DEFICIÊNCIA ESTRUTURAL NAS FERROVIAS E PORTOS FAZ BRASIL DESPERDIÇAR BILHÔES




   
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CRISE NUCLEAR NO JAPÃO ABRE ESPAÇO PARA NOVAS USINAS


               A ameaça de um desastre com a usina nuclear Fukushima, no Japão, despertou uma nova discussão sobre a segurança da energia nuclear. “Está vendo como é perigoso?” dizem aqueles que são contra. Mas os favoráveis a esse tipo de energia apontam para o desenvolvimento de uma nova geração de reatores nucleares, que seriam 100% seguros.
                Os reatores de Fukushima começaram a ser utilizados em 1971 e pertencem à ultrapassada segunda geração. As usinas nucleares que nesse momento estão sendo construídas são de terceira geração e evoluíram bastante no que diz respeito à segurança. Mas o que ocorreu no Japão também pode acontecer com as centrais nucleares dessa geração.
                    A esperança, para aqueles que apostam na energia nuclear, está na quarta geração, que ainda está em desenvolvimento. Trata-se do Reator de Leito de Esferas (PBR, do inglês Pebble Bed Reactor), que é chamado pelos entendidos como 'seguro inerente'. Seguro inerente quer dizer que não existe a ameaça de um desastre nuclear com a queda de um sistema de resfriamento, como ocorreu no Japão.
Quarta geração
                    A Holanda é um dos países que estão mais avançados na pesquisa desses reatores nucleares futurísticos. Tanto o Instituto de Pesquisa Nuclear NRG como o Instituto Reator, da Universidade Técnica de Delft (TU Delft) estão pesquisando a quarta geração.
“A quarta geração de reatores nucleares, e com isso quero dizer o Reator de Leito de Esferas, é um reator que utiliza urânio em grãozinhos, em grafite pirolítica. A grafite conduz calor facilmente. Caso uma reação em cadeia pare este reator, o calor residual é conduzido sozinho para fora e finalmente pode ser absorvido pela corrente de ar”, afirma Jan Leen Kloosterman, professor de física de reatores da TU Delft.
               Como o calor abandona o reator nuclear por si próprio, sem sistema de resfriamento, a temperatura dentro do reator não pode ultrapassar os 1600 graus. Com isso não há perigo de uma fusão nuclear ou da liberação de partículas radioativas, explica Kloosterman. O reator nuclear no Japão dependia de um sistema de resfriamento, e esse sistema parou de funcionar porque os geradores a diesel ficaram embaixo d’água após o tsunami, o que implicou a catástrofe.
                      A pesquisa holandesa concentra-se, principalmente, em testes com combustível nuclear e na eficiência na construção de usinas nucleares.
Liderança chinesa
                       A China é o país mais avançado nesse tipo de tecnologia e foi o primeiro a construir um reator demonstrativo para o desenvolvimento das pesquisas. Agora os chineses estão construindo uma usina nuclear maior, com potencial de geração de 250 megawatts.
“A expectativa é que em 2015 ele entre em operação, mas primeiro passará por uma fase de experiência antes de que essa tecnologia seja introduzida em grande escala. Para isso, pode se estimar um prazo de 10 anos”, afirma Kloosterman.Significa que após esses 10 anos o mundo conhecerá uma usina nuclear 100% segura? É o que parece.
Riscos
                     O Greenpeace é menos entusiasta. A especialista em radiação dessa organização ambiental, Ike Teuling, aponta para o enorme custo que está implicado no desenvolvimento tecnológico. Ela também afirma que o risco de falhas na segurança sempre existirá.
                  O melhor é parar com as pesquisas para uma usina nuclear segura, acredita Teuling.”É totalmente desnecessário e visando o que ocorre agora no Japão – mesmo que o risco de que ocorra algo errado em um reator de quarta geração seja bem menor – penso que temos de considerar as consequências de um grande desastre em uma usina nuclear e, como sociedade, concluir que não queremos correr esse risco. E nem precisamos correr esse risco porque há suficientes alternativas energéticas."
Esperança
                     Kloosterman espera que exatamente essa ameaça de um desastre nuclear no Japão faça com que a atenção se volte para os reatores de quarta geração. Nos últimos anos, as pesquisas nessa área não foram consideradas prioritárias pela União Europeia, que investiu de 10 a 15 milhões de euros nessa tecnologia que necessita de bilhões de euros para avançar.
“Nos últimos anos, o entusiasmo pelo PBR decresceu simplesmente porque não podemos cumprir com a expectativa de que o PBR chegasse rapidamente ao mercado. Talvez, com o que aconteceu no Japão, iremos agora reconsiderar o PBR", conclui Kloosterman.


                                                          Fonte: Radio Nederland Wereldomroep, Sexta Feira, 18 de março de 2011.


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COMO E POR QUE SE FORMAM CICLONES NO LITORAL BRASILEIRO

                Se você é daqueles que cresceram ouvindo o mundo inteiro falar que no Brasil não existem furacões, ciclones, ou qualquer outro fenômeno que faça seu telhado levantar vôo com um simples chicotear do vento, deve ficar assustado quando toma conhecimento de que eventos naturais como esses andam acontecendo na região Sul do país.
                No entanto, esses fenômenos, ou ciclones extratropicais, sempre foram comuns no litoral sul brasileiro. Quem explica é o meteorologista André Madeira, da Climatempo, empresa privada de previsão de tempo.
“Os ciclones extratropicais fazem parte de um sistema de baixa pressão de núcleo frio, que produz, na maioria dos casos, ventos e chuvas fortes sobre o oceano. Aparecem com mais freqüência entre os meses de maio a setembro, no litoral sul do país, principalmente próximos aos litorais de Santa Catarina e Rio Grande do Sul.”
                Ainda segundo o meteorologista, os ciclones estão relacionados diretamente às frentes frias que ficam bloqueadas de avançar em direção ao continente. São chamados de “extratropicais” porque se formam fora das regiões trópicas, e seu sentido de rotação varia nos hemisférios norte e sul, anti-horário e horário, respectivamente.
                Em 2004, os estados de Santa Catarina e Rio Grande do Sul entraram em estado de emergência devido à formação do primeiro furacão da história do hemisfério sul, o Catarina. Sua passagem pela costa sul brasileira, com ventos que chegaram a 180 Km/h, causou estragos da ordem de 250 milhões de reais. Segundo especialistas, o fenômeno foi um caso raro.

GEOGRAFIA: Conhecimento prático, Número 22. São Paulo. Escala educacional. 2010.

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MUDANÇAS CAPITALISTAS

No texto a seguir, o historiador Eric Hobsbawn destaca quatro grandes mudanças que ocorreram na economia capitalista, a partir de 1870.


      A economia capitalista mudou de quatro formas significativas.
     Em primeiro lugar, entramos numa nova era tecnológica, uma era de novas fontes de poder (eletricidade e petróleo, turbinas e motor a explosão), de nova maquinaria baseada em novas ciências, tais como a indústria em expansão da química orgânica.
     Em segundo lugar, entramos também cada vez mais na economia de mercado de consumo doméstico (a produção é consumida pelo mercado interno do país), iniciada nos Estados Unidos, desenvolvida (na Europa ainda modestamente) pela crescente renda das massas (valor do salário dos trabalhadores), mas sobretudo pelo enorme aumento da população dos países desenvolvidos. De 1870 a 1910, a população da Europa cresceu de 290 para 435 milhões, a dos Estados Unidos, de 38,5 para 92 milhões.
     Em terceiro lugar, havia uma competição internacional entre economias industriais nacionais rivais - a inglesa, a alemã, a norte-americana. Essa competição internacional levava à concentração econômica, ao controle de mercado e à manipulação.
     Por fim, o mundo entrou no período do imperialismo. As potências passaram a dividir o globo para realizar seus prórprios negócios. As novas indústrias precisavam de matérias-primas que não existiam nos países desenvolvidos: petróleo, borracha, metais não-ferrosos. A nova economia precisava de quantidades crescentes de matérias-primas produzidas nos países subdesenvolvidos. Essa divisão global entre áreas desenvolvidas e subdesenvolvidas, embora não fosse nova, começou a tomar uma forma moderna e durou até a década de 1930.

Eric Hobsbawn. A era do capital (1848-1875). Rio de Janeiro, Paz e Terra, 1982. p. 312-313 - adaptado.


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ACABA A GUERRA FRIA E O CAPITALISMO TRIUNFA
Um dos últimos símbolos da Guerra Fria acaba em ruínas em 8 de novembro de 1989. Construído pela Alemanha Oriental em 1961, o muro separava a Alemanha em seus blocos comunista e capitalista. Com o fim da barreira ideológica, que contava com mais de 300 torres de observação e cercas eletrificadas, a Alemanha iniciaria a sua reunificação. Pela TV, o mundo viu jovens alemães se aglomerarem na fronteira comemorando o fim da divisão comunista e capitalista no país.
                A queda do modelo instaurado na União Soviética, com a Revolução Bolchevique, de 1917, se torna um paradigma ideológico obsoleto diante dos novos tempos que se anunciavam, pela supremacia do estilo e modo de vida capitalista, representado pela maior potencia econômica contemporânea: os EUA.
                Antes disso, o líder comunista Mikail Gorbachev tentou implementar medidas econômicas e políticas que redefinissem a  URSS no novo panorama mundial. Apesar da Perestroika (a reestruturação econômica) e a Glasnost (reestruturação política), o regime caiu, sendo a União Soviética desmembrada e as imagens da foice e do martelo que simbolizavam a luta bolchevique foram retiradas do Kremlin e substituídas pela bandeira da Rússia.
                O fracasso do comunismo também pode ser acompanhando como pano de fundo da tragédia de Chernobyll – acidente nuclear em Kiev, Ucrânia. O assunto foi manchete do Diário, em 30 de Abril de 1986, quatro dias após o acidente em sua manchete de capa que estampava: “Tragédia nuclear da Rússia mata centenas de pessoas”.

Fonte: Diário de Pernambuco: A História em Revista – Recife, 8 de novembro de 2010.


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EUA, CORÉIA DO SUL E JAPÃO REAGEM À NOVA USINA NUCLEAR

Washington – Os governos dos EUA, Japão e Coréia do Sul mostraram-se preocupados e tomaram medidas ontem após a revelação de que a Coréia do Norte construiu uma nova usina nuclear. A noticia foi divulgada no último fim de semana pelo jornal The New York Times.
O enviado especial dos EUA, Stephen Bowsorth, reuniu-se com o chanceler sul-coreano Kim Sung-Hwan na manhã de ontem. Após o encontro, o diplomata indicou que as revelações “não são surpresa e não geram uma crise com os EUA”, que devem ainda manter a possibilidade de um diálogo com o regime comunista. Mesmo assim, Bowsorth reiterou que as novas descobertas configuram uma “provocação”.
Já o Japão considerou o assunto alarmante. “O desenvolvimento nuclear norte-coreano é totalmente inaceitável do ponto de vista da segurança do Japão e da paz e estabilidade na região”, disse o porta-voz do governo japonês, Yoshito Sengoku.
Em comunicado oficial, o Ministério de Defesa da Coréia do Sul indicou que as revelações constituem uma séria preocupação e vão contra as esperanças de que algum dia o regime comunista abandone o programa nuclear.
O New York Times informou sábado que a Coréia do Norte fez o cientista americano Siegfrieg Hecker percorrer uma nova e ampla usina de enriquecimento de urânio, que possuiria ao menos mil. Esse programa viola uma resolução das Nações Unidas e um acordo de 2005, no âmbito das negociações entre as seis partes (Estados Unidos, Rússia, as duas Coréias, China e Japão), que sugerem que a Coréia do Norte abandone suas ambições nucleares em troca de uma ajuda energética importantes.



Texto extraído do Jornal do Comércio. 02 de Novembro de 2010.